Pixinguinha fez história como grande flautista e saxofonista, como podemos ouvir nas cerca de 250 gravações disponíveis na sessão INTÉRPRETE aqui do site. Sua produção como COMPOSITOR também é largamente conhecida, com músicas que fizeram enorme sucesso, como “Carinhoso” (com João de Barro), “Lamentos” (com Vinicius de Moraes) e “Rosa” (com Otávio de Souza), entre outras. Mas o legado de Pixinguinha se estende ainda aos incontáveis ARRANJOS que escreveu para discos e programas de rádio, especialmente a partir da década de 1930.
Pois é justamente sobre esta faceta do mestre a série que o Instituto Moreira Salles disponibiliza em comemoração aos 124 anos de seu nascimento: Os arranjos de Pixinguinha, com seis videoaulas do arranjador Paulo Aragão sobre como o grande chorão contribuiu decisivamente para a sonoridade da música popular brasileira em seu período de atuação. “Por muitos motivos, Pixinguinha foi o homem certo no lugar certo”, afirma Paulo, integrante da equipe do IMS que atuou na preservação, catalogação e organização do acervo do mestre, assim como na criação deste site de referência.
Aula 1 – Introdução: os anos 1920 e as orquestras típicas
Um breve panorama musical da década em que Pixinguinha, a partir de suas próprias referências e das sonoridades musicais em voga, consolida-se como líder de orquestras populares.
Aula 2 – A busca pela sonoridade: o Grupo da Guarda Velha
Contratado em junho de 1929 como principal arranjador da gravadora Victor, Pixinguinha faz as experimentações que levarão à sonoridade dos conjuntos que passa a dirigir.
Aula 3 – Os Diabos do Céu e os apogeu nos anos 1930
Destaque nas instrumentações de Pixinguinha desde as gravações do Grupo da Guarda Velha, a partir daqui – com os Diabos do Céu – a percussão ganha papel central em seus arranjos.
Aula 4 – Pixinguinha e o rádio: os anos 1940
Nos arranjos escritos para o programa “O Pessoal da Velha Guarda”, veiculado pela Rádio Tupi entre 1947 e 1952, encontram-se as múltiplas referências musicais de Pixinguinha.
Aula 5 – Os choros orquestrais de Pixinguinha
Um olhar sobre os arranjos de Pixinguinha para orquestras populares, com destaque para as novidades trazidas pelo mestre em termos de forma, combinações de timbres e utilização de efeitos.
Aula 6 – Coda: o legado de Pixinguinha
Como arranjador de LPs a partir dos anos 1950, predominantemente pela gravadora Sinter, Pixinguinha revisita antigos arranjos e relembra maxixes, tangos brasileiros e outros gêneros musicais de décadas anteriores.
REPERTÓRIO
aula 1 – Introdução: os anos 1920 e as Orquestras Típicas
1) Desprezado (Pixinguinha)
2) Saudade de Pierrô (Pixinguinha – Cândido das Neves)
aula 2 – A busca pela sonoridade: o Grupo da Guarda Velha
3) Pra você gostar de mim (Taí) (Joubert de Carvalho)
4) Samba na areia (Pixinguinha)
5) Capote do mangô é teu (Faustino Pedro da Conceição)
6) Adeus (Francisco Alves – Ismael Silva – Noel Rosa)
7) Linda morena (Lamartine Babo)
aula 3 – Os Diabos do Céu e o apogeu nos anos 1930
8) Agora é cinza (Bide – Marçal)
9) O orvalho vem caindo (Noel Rosa – Kid Pepe)
10) Pierrô apaixonado (Heitor dos Prazeres – Noel Rosa)
11) Grau dez (Ary Barroso – Lamartine Babo)
12) Chegou a hora da fogueira (Lamartine Babo)
13) Ride palhaço (Lamartine Babo)
aula 4 – Pixinguinha e o rádio: os anos 1940
14) Abertura do programa “O Pessoal da Velha Guarda” (Pixinguinha)
15) Minha vez (Pixinguinha)
aula 5 – Os choros orquestrais de Pixinguinha
16) Quem é você (Pixinguinha)
17) Cercando frango (Pixinguinha)
18) Marreco quer água (Pixinguinha)
19) Pula sapo (Pixinguinha)
aula 6 – Coda: o legado de Pixinguinha
20) Cascatinha (Pixinguinha)
21) Lamentos (Pixinguinha)