TIA AMÉLIA (Amélia Brandão Néri) – Jaboatão PE – 25/05/1897 – Goiânia GO – 18/10/1983
Iniciou-se ao piano aos quatro anos de idade, tendo aulas com a mãe, pianista, e com o pai, maestro da banda da cidade. Apesar de sua forte vocação para o piano, foi impedida de se profissionalizar devido ao casamento precoce (com 17 anos de idade) e à oposição do marido. Tornando-se viúva com 25 anos, decidiu seguir carreira na música, sendo contratada pela Rádio Clube de Pernambuco, onde começou a fazer sucesso. Viaja ao Rio de Janeiro em 1929 para realizar um concerto no antigo Teatro Lírico: o êxito deste lhe abrem as portas para gravações e apresentações em diversas rádios, como Mayrink Veiga, Sociedade e Rádio Clube do Brasil. Depois de um breve retorno ao Recife, fixa-se no Rio a partir de 1931, onde grava diversas músicas de sua autoria, entre as quais Bichinha e Vá chorar, meu bem, com a Orquestra dos Batutas e sua filha Silene de Andrade. A partir de 1933 realiza, a convite do Itamarati, excursão pelas Américas, e acaba se fixando nos Estados Unidos, onde permanece por seis anos, fazendo concertos, gravações e apresentações de rádio em cidades como Nova Iorque e Nova Orleans. Retorna ao Brasil em 1939 e, com o casamento da filha, retira-se por alguns anos da cena musical. Na década de 1950, reaparece como profissional, trabalhando na Rádio Nacional do Rio de Janeiro e mantendo-se em atividade constante até a década de 1980, quando grava seu último disco pela gravadora Marcus Pereira (A benção, Tia Amélia) com a idade de 83 anos.