MARIO ÁLVARES DA CONCEIÇÃO – Rio de Janeiro RJ – 1861 – Rio de Janeiro RJ – 10/01/1909
Entre as poucas informações que restam sobre Mário Álvares da Conceição (também conhecido por Mário Cavaquinho), sabe-se que foi professor de Pixinguinha – que teve o cavaquinho como primeiro instrumento.
Outro que também experimentou o cavaquinho foi o compositor e violonista Donga, que assim definiu Mário em deu depoimento ao Museu da Imagem e do Som: “Todos nós que pegamos esse instrumento devemos tudo a essa escola do Mário, que foi um grande, um dos maiores compositores e solistas que já tivemos por aqui. O Anacleto de Medeiros o levava para o Corpo de Bombeiros e ele ficava lá semanas inteiras, dando até palpite em várias orquestrações do Anacleto. Era um homem que podia sentar-se no Municipal e dar um concerto sozinho. Mário foi uma coisa! Merecia uma estátua”.
Algumas fontes de referência o definem como “o pai do cavaquinho solo”, tendo desenvolvido sua técnica a partir das aulas que teve com Galdino Barreto (o Galdino Cavaquinho). Compositor de valsas, schottisches, polcas e tangos brasileiros, deixou ao todo 48 músicas de sua autoria, entre elas Roceira, Hilda (Teu beijo) e Segura a mão. Outras criações de Mário foram o cavaquinho de cinco cordas – instrumento que era afinado em Ré-Si-Sol-Ré-Sol – e a bandurra (espécie de bandolim, só que com braço mais curto) de 12 cordas – instrumento que ele chamava de zebróide.