Um dos mais antigos e originais choros de Pixinguinha – com caminhos harmônicos absolutamente surpreendentes para a época em que foi escrito. Gravado pela primeira vez pelo próprio compositor em 1917 (disco Odeon 121.364). Editado neste mesmo ano pela Casa Beethoven, a música passou a fazer parte do repertório do grupo “Os oito batutas”. Segundo nos conta João da Bahiana no depoimento de Pixinguinha ao Museu da Imagem e do Som em 1968, este choro foi feito após uma briga de Pixinguinha com a Irene Nascimento, pastora do rancho Filhas das Jardineiras, por quem o compositor estava apaixonado. Reeditada pela Irmãos Vitale em 1947, trazendo a coautoria de Benedito Lacerda por razões extra-musicais. Além da gravação da própria dupla, existe ainda um registro da cantora Isaurinha Garcia interpretando este choro (disco RCA-Victor 80-0621-A), com letra atribuída a Benedito Lacerda. Segundo o jornalista Sebastião Lacerda, em seu livro O Lendário Pixinguinha, existe ainda uma letra de autoria do clarinetista Juvenal Peixoto.