Choro de Pixinguinha editado em 1947 pela Irmãos Vitale, com Benedito Lacerda constando como coautor por razões extra-musicais. A versão original deste choro parece ter sido a música gravada por Pixinguinha na Casa Edison (Disco Odeon 123.067) lançada em 1926 com o título de “Tapa buraco”, que apresenta a segunda e a terceira parte idênticas ao choro “Pagão” (posteriormente “Tapa Buraco” seria o segundo nome da polca “A vida é um buraco”). Com melodia idêntica à apresentada nesta gravação, existe uma partitura manuscrita pelo flautista Bide em seu acervo, que apresenta o título de “Improvisando”. O choro “Pagão” incorpora a segunda e a terceira partes do “Tapa Buraco” de 1926, acrescido de uma variação de 16 compassos ao final da terceira parte. A primeira gravação foi feita por Pixinguinha e Benedito Lacerda em disco RCA Victor 80-0498-B, lançado em 1947. É curioso notar que o violonista e compositor argentino Oscar Alemán gravou, em 1957, um choro de sua autoria com o título “Dedos duros”, cuja primeira parte é idêntica ao “Pagão” de Pixinguinha.