Um dos mais famosos choros de Pixinguinha, editado em 1947 pela Irmãos Vitale, com coautoria de Benedito Lacerda por razões extra-musicais. É também presumivelmente um dos choros mais antigos de Pixinguinha: foi possível encontrar diversas cópias da música em acervos de antigos chorões – ainda com o nome original, “Triangular” – dentre os quais Mário Peixoto (cópia datada de 01/12/1917), Quintiliano Pinto (17/03/1919), Honório Cavaquinho, Frederico de Jesus, Candinho, dentre outros. Segundo o pesquisador José Silas Xavier, este choro teria sido editado na década de 1940, também com o nome de “Triangular”, pela Editora Musical Brasileira. Em 1946, já com o nome de “Naquele tempo”, foi gravado por Pixinguinha e Benedito Lacerda (disco Victor 80-0447-A) e recebeu também gravação do cantor Abílio Lessa (disco Victor 80-0513-B), com letra presumida de Benedito Lacerda. Em 1985 a Vitale lançou um novo álbum de partituras de Pixinguinha, com nova edição de “Naquele tempo”, desta vez com letra de Fábio de Oliveira. Existem pelo menos mais duas letras para este choro: a primeira de autoria do produtor de jingles Reginaldo Bessa, por ele gravada, e a de Jair Amorim, gravada pelo cantor Zivaldo Maia. A grande beleza de melodia fez deste um dos choros mais populares de Pixinguinha, tendo recebido inúmeras regravações até hoje.