Existe no Acervo Pixinguinha/IMS uma partitura sem indicação de título e autoria, feita por copista desconhecido, na qual foi aposto posteriormente o título “Generoso” e a autoria de Pixinguinha em caligrafia diferente da usada na notação musical. Esta parece ter sido a fonte para a edição deste choro lançado pela Irmãos Vitale após a morte de Pixinguinha, com autoria atribuída ao compositor. A música, entretanto, corresponde exatamente à melodia do choro “Gorgulho”, gravado por Benedito Lacerda e o Grupo Gente do Morro em 1932 (disco Columbia 22.129-B). O rótulo do disco traz “Benedito Lacerda e Valdemar” como autores de “Gorgulho”. Existem, entretanto, três fontes que creditam este choro apenas a Waldemar de Azevedo, o “Valdemar” mencionado no rótulo da gravação do Gente do Morro: as partituras manuscritas por Cândido Pereira da Silva (PMV 631), Patrocínio Gomes (Caderno 17, p. 38), e por um copista desconhecido (PMH 481) presentes no Acervo Jacob do Bandolim no MIS-RJ. Esta última partitura citada traz o título de “João no choro” e Jacob registra a seguinte observação ao final da página: “Gorgulho de B. Lacerda? Ou João no choro de Waldemar?”. Para completar a confusão, existe ainda um outro manuscrito da mesma música no Acervo Pixinguinha/IMS, feito por copista desconhecido e no qual foi aposta posteriormente a inscrição “Tira a teima – choro de Pixinguinha” em caligrafia diferente da usada na notação musical. Com tudo isso, parece certo que este choro definitivamente não é de autoria de Pixinguinha.