ORLANDO SILVA (Orlando Garcia da Silva) – Rio de Janeiro RJ – 03/10/1915 – Rio de Janeiro RJ – 07/08/1978
Considerado um dos grandes intérpretes da chamada “Era de Ouro” do rádio brasileiro, despontou em meados da década de 1930, como atração do programa que era comandado por Francisco Alves na Rádio Cajuti. Com sucessos enfileirados até a metade dos anos 40, entre sambas, marchas, foxtrotes e valsas, ficou conhecido como “O Cantor das Multidões” – apelido muitas vezes creditado a César Ladeira, mas que o próprio Orlando atribuía a outro radialista: Oduvaldo Cozzi.
Entre seus sucessos, um dos maiores (senão o maior) é também a composição mais conhecida de Pixinguinha: Carinhoso, que o próprio compositor já havia gravado duas vezes sem letra (1928 e 29), mas só estourou depois de receber versos de João de Barro (o Braguinha) e ser gravada na voz de Orlando, no lado A do disco de 78 rotações da Victor que trazia o número de 34.181. Gravação feita no dia 28 de maio de 1937, com acompanhamento de conjunto regional, e lançada dali a pouco mais de um mês: em julho de 37.
O lado B daquele disco trazia a primeira gravação de outro grande sucesso de Pixinguinha – e também de Orlando Silva: a valsa Rosa, que, antes de receber os versos que seriam popularizados na voz do “Cantor das Multidões” (letra assinada por Otávio de Souza), foi composta com o nome de Evocação – valsa de 1917. Na gravação cantada por Orlando, sofreria ajustes na melodia e perderia a terceira parte.
No ano seguinte ao disco de Carinhoso e Rosa, Orlando lançaria – também pela Victor – mais uma composição de Pixinguinha: a valsa Página de dor (letra de Cândido das Neves), gravada no dia 11 de maio de 1938.